FUNÇÃO SEXUAL DE MULHERES EM TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v36.1244Palavras-chave:
Atenção integral à saúde, Estatíscticas de saúde, MulherResumo
Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina e é considerada um problema de saúde pública, impactando diretamente a autoestima, a qualidade de vida e, consequentemente, a função sexual. Objetivos: Analisar a função sexual de mulheres em tratamento fisioterapêutico para IU. Método: Pesquisa quantitativa, transversal, com 20 mulheres adultas com IU. A coleta de dados ocorreu de forma virtual (formulário no Google Forms), com caracterização inicial das participantes, seguido do questionário Female Sexual Function Index. Análise de dados por meio de estatística descritiva, teste U de Mann-Whitney e/ou Kruskal-Wallis. Resultados: Após análise dos dados, oberva-se que 10 (50%) das mulheres apresentam IU de esforço, 6 (30%) a IU mista, e o restante apresenta IU de urgência. Observou-se déficit moderado na função sexual, com menor escore para a IU mista. Não houve diferença na função sexual das mulheres com relação ao tempo de tratamento fisioterapêutico, tipo e tempo de IU, ou faixa etária (p>0,05), entretanto, há tendência à redução da função sexual dessas mulheres ao longo da idade, especialmente na faixa de 60 anos ou mais. Conclusão: A maioria das mulheres apresenta alguma disfunção sexual. Embora o estudo não evidenciou diferença significativa na função sexual das mulheres com relação às variáveis do estudo, há tendência de maior alteração na função sexual, especialmente nas mulheres idosas.
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