IMPACTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) NA FUNÇÃO SEXUAL DE MULHERES CISGÊNERO ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)
UM ESTUDO TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v36.1261Palavras-chave:
Hipertensão, Atenção Primária à Saúde, Mulheres, SexualidadeResumo
A Hipertensão é uma doença crônica multifatorial e relevante problema de saúde pública, especialmente após os 50 anos, quando fatores hormonais do climatério aumentam a sensibilidade feminina à condição. Este estudo objetiva analisar o impacto da hipertensão na função sexual de mulheres cisgênero atendidas na Atenção Primária à Saúde. Trata-se de um estudo transversal, observacional e quantitativo, com participantes de Unidades de Saúde da Família (USF). Os critérios de inclusão englobaram mulheres cis, maiores de 18 anos, com diagnóstico de hipertensão e vida sexual ativa nas últimas quatro semanas, excluindo-se aquelas com transtornos psiquiátricos ou neurológicos graves. Utilizou-se o Female Sexual Function Index (FSFI) para coleta de dados. A amostra incluiu 38 mulheres, com média de idade de 49,23 anos, das quais 86,84% se autodeclararam não brancas, 71,05% eram tinha alguma ocupação, 65,78% casadas e 50% tinham ensino fundamental incompleto. O FSFI médio encontrado na amostra foi de 19,4, sugerindo, a presença de dificuldades na função sexual entre as participantes avaliadas. Observou-se escores reduzidos, especialmente nos domínios de excitação, orgasmo e satisfação. Esses achados apontam para uma possível associação entre a hipertensão e alterações na função sexual feminina. Tais resultados reforçam a relevância de se considerar aspectos da saúde sexual nas abordagens realizadas nas unidades de saúde, visando a qualificar o cuidado ofertado a essa população.
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