PRAZER!
TODA MULHER TEM DIREITO
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v28i2.23Palavras-chave:
Enfermagem. Gênero. Sexualidade. Submissão.Resumo
A sexualidade é construída e marcada pela história, cultura, ciência, afetos e sentimentos, expressando-se com singularidade em cada sujeito. Impulsionada pela sexualidade como objeto de estudo e minha experiência profissional como enfermeira e como especialista em educação sexual, desejei transformar a experiência da consulta de enfermagem em uma fala que tem por objetivo demonstrar as possibilidades e dificuldades da enfermagem no campo da
sexualidade. Além disso, proponho uma reflexão sobre a vivência das mulheres heterossexuais nas práticas e representações sobre a sexualidade e a busca do prazer como seu por direito, tendo como problema a influência dos discursos sobre a sexualidade, pautada na moral e natureza, influenciando no fortalecimento da submissão feminina e hegemonia masculina, logo, nas questões de gênero. A pesquisa se baseia na escuta ativa e no método PLISSIT, e ainda, na minha percepção enquanto pesquisadora e mulher, de forma a poder construir uma discussão de modo situado. Nos resultados, é sugerida uma (re) discussão sexual como qualidade de vida e prática de empoderamento para as mulheres, ao constatar como os discursos hegemônicos, naturalizantes e universais, com foco no objeto da sexualidade, produz efeitos negativos no gênero e as impacta socioculturalmente, sobretudo no que tange à submissão feminina e à saúde, uma vez que vai ao desencontro de seu bem-estar.