“VIVA O POVO BRASILEIRO” COM UM OLHAR DE GÊNERO

Autores

  • Tereza Cristina Pereira Carvalho Fagundes

DOI:

https://doi.org/10.35919/rbsh.v22i1.250

Palavras-chave:

Identidades, Papéis de gênero, Relações de gênero

Resumo

A premissa básica na qual se fundamenta o estudo feito da obra de João Ubaldo Ribeiro consiste em se reafirmar que o ser mulher bem como o ser homem são constructos apreendidos socialmente. A despeito das inúmeras disjunções temporais e espaciais, depreende-se do texto de Viva o Povo Brasileiro uma série de características marcadoras do aprendizado das feminilidades e masculinidades, que não apenas retratam a mulher e o homem no decorrer da construção da nação brasileira até a contemporaneidade no Brasil como no mundo, pelo menos ocidental. Desde os primórdios da cultura brasileira, a menina tem aprendido que ser mulher é saber cuidar de crianças, cozinhar, lavar, passar, cuidar da casa e do marido; ser mulher é adotar a postura do servir, do submeter-se, do obedecer ao pai, irmão, companheiro, etc.; é também ser dependente, passiva, dócil, carinhosa, gentil, paciente, emotiva, agradável e mais uma série interminável de ‘atributos’ tidos como femininos. O menino, por outro lado, aprende que ser homem é ter sob seu comando as experiências dos outros, especialmente das mulheres, é poder tomar decisões por todo um grupamento social como a família, é ser ativo, viril, corajoso, intransigente, forte, etc. Entretanto, associados à permanência de estereótipos distintos que atravessam a história da humanidade, com um ‘olhar de gênero’ vislumbra-se também em Viva o Povo Brasileiro a existência de rupturas em alguns papéis de gênero femininos e masculinos historicamente construídos, sem que, contudo, tenham sido traduzidas ao longo do tempo em mudanças significativas nas relações de poder entre homens e mulheres.

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Publicado

2011-06-01

Como Citar

Cristina Pereira Carvalho Fagundes, T. . (2011). “VIVA O POVO BRASILEIRO” COM UM OLHAR DE GÊNERO. Revista Brasileira De Sexualidade Humana, 22(1). https://doi.org/10.35919/rbsh.v22i1.250

Edição

Seção

Artigos Opinativos e de Atualização