VIVER A SEXUALIDADE COM HIV/AIDS. DÁ PRA SER FELIZ?
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v18i1.407Palavras-chave:
Sexualidade, moral, culpa, desejo, desempenhoResumo
As DST sempre trouxeram, além da sintomatologia orgânica, um forte componente emocional. Embora hoje, a sexualidade seja vista com mais naturalidade e a conotação pejorativa das DST já não seja tão marcante, ainda é difícil falar sobre essas infecções sem constrangimento para o médico e paciente, quanto mais para o companheiro ou companheira. É necessário considerar que a liberalidade das pessoas no que diz respeito à sexualidade, é mais acentuada nos discursos do que nos atos. Parece-nos ser o componente psíquico o de maior importância nas suas repercussões sobre a sexualidade, em especial pela sensação de culpa comumente associada a essas infecções, apresenta baixa auto-estima, julga-se impuro, imoral, sujo, enfim, culpado. O prejuízo pode ocorrer em qualquer das fases da resposta sexual; é mais freqüente, entretanto, que incida na fase de desejo. Na atualidade, a esses fatores emocionais vem se somar à fobia generalizada do contágio com a AIDS, mais um importante elemento bloqueador do desempenho sexual.