DISFUNÇÃO SEXUAL EM MULHERES QUE FAZEM SEXO COM MULHERES
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v29i2.55Palavras-chave:
Disfunção sexual, Orientação sexual, Homofobia internalizadaResumo
OBJETIVO: verificar se existe diferença na prevalência de disfunção sexual entre mulheres que fazem sexo com mulheres e mulheres que fazem sexo apenas com homens, e se as percepções interna e externa do estigma acerca da orientação sexual se relacionam com a disfunção sexual. METODOLOGIA: estudo transversal com 105 mulheres com idade superior a 18 anos e sexualmente ativas, sendo 35 do grupo mulheres que fazem sexo com mulheres e 70 do grupo mulheres que fazem sexo apenas com homens. Avaliou-se aspectos sociodemográficos e aplicou-se o Índice de Função Sexual Feminina para todas as participantes e a Escala de Avaliação de Homofobia Internalizada apenas para mulheres que fazem sexo com mulheres. Para avaliar variáveis categóricas foram utilizados os testes Qui-Quadrado de Pearson, teste Exato de Fisher ou teste Qui-Quadrado de Pearson com simulações de Monte-Carlo. O nível de significância adotado foi de 5% e software utilizado foi o R Core Team 2019. RESULTADOS: a prevalência global de disfunção sexual foi de 17,1%. Não houve diferença significativa na média do escore do Índice de Função Sexual Feminina entre os grupos (30,2±3,5x29,8±3,3, p=0,518). Verificou-se melhor escore de desejo nas mulheres que fazem sexo com mulheres (4,8±0,9x4,3±0,9, p=0,003). As percepções externa e interna do estigma acerca da orientação sexual não se relacionaram com a dinsfunção sexual. CONCLUSÕES: a prevalência de disfunção sexual foi relativamente baixa, não houve relação entre orientação sexual e disfunção sexual e as percepções interna e externa do estigma acerca da orientação sexual não se associaram à disfunção sexual.