QUALIDADE DE VIDA APÓS O CÂNCER GINECOLÓGICO

MENOPAUSA E FUNÇÃO SEXUAL

Autores

  • Nathalia Moreira ramalho Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
  • Cintia Cardoso Pinheiro Universidade Federal do Amazonas
  • Carmen Lúcia de Paula Instituto Nacional do Câncer
  • Vandré Cabral Gomes Carneiro Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
  • Jurema Telles de Oliveira Lima Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

DOI:

https://doi.org/10.35919/rbsh.v30i1.67

Palavras-chave:

Neoplasia dos genitais femininos, Menopausa, Sexualidade

Resumo

Muitas mulheres com malignidades ginecológicas serão curadas ou tornar-se-ão sobreviventes
de longo prazo. Diferentes tratamentos (cirurgia, radioterapia, quimioterapia) para cânceres ginecológicos
podem causar insuficiência ovariana ou aumento dos sintomas da menopausa, além de efeitos negativos a
curto e longo prazo sobre a saúde sexual e qualidade de vida (QV). O manejo dos sintomas menopausais e
da disfunção sexual é importante nos esforços para otimizar a QV dessas mulheres. O objetivo deste artigo
é apresentar uma visão abrangente da saúde sexual das sobreviventes de câncer ginecológico e discutir as
opções de tratamento baseadas em evidências. Método: Trata-se de estudo descritivo com abordagem
qualitativa para verificação do benefício e da segurança do uso de terapia hormonal nessas pacientes, bem
como os problemas de saúde sexual comumente encontrados e as opções para seu manejo. Resultados:
Dados disponíveis sugerem que o uso de terapia hormonal em pacientes com cânceres ginecológicos não
tem um impacto negativo no resultado oncológico e resulta em melhora dos sintomas vasomotores e geniturinários da menopausa. Evidências quanto à segurança do uso de terapia hormonal em mulheres com
neoplasias dependentes de estrogênio são escassas. A disfunção sexual é prevalente entre as sobreviventes
de câncer ginecológico como resultado de seu tratamento, impactando negativamente a QV. Muitas pacientes esperam que os profissionais de saúde iniciem uma discussão sobre sexualidade, mas a maioria nunca discutiu questões relacionadas à saúde sexual com seu médico. Conclusões: Profissionais da oncologia podem ter um impacto significativo na QV das sobreviventes de câncer ginecológico abordando os sintomas menopausais e as preocupações de saúde sexual. As candidatas à terapia hormonal em oncologia ginecológica incluem mulheres com menopausa induzida ou sintomas menopausais diagnosticadas com câncer endometrial de baixo grau, em estágio inicial, e cânceres de colo uterino, vulva, vagina e ovário. Estratégias simples podem ser implementadas na prática clínica para tratar as questões sexuais. O encaminhamento para provedores especializados em saúde sexual pode ser necessário nos casosmais complexos.

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Biografia do Autor

Nathalia Moreira ramalho, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Médica Ginecologista pelo Instituto de Medinina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).

Especialista em Ginecologia Endócrina, Climatério e Contracepção pela Santa Casa de misericórdia de São Paulo.

Preceptora da graduação em medicina e residência médica em ginecologia e obstetrícia pelo IMIP.

Médica responsável pelo atendimento ginecológico de pacientes oncológicas do Núcleo em Atendimento Integral em Oncologia NATI-ONCO IMIP.

Cintia Cardoso Pinheiro, Universidade Federal do Amazonas

Residência médica em Ginecologia e obstetrícia no Hospital Maternidade Leonor Mendes Barros.

Residência médica em Mastologia na Universidade de São Paulo (USP).

Especialista em sexualidade humana pela USP.

Professora de Ginecologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Mestranda em cirurgia pelo Programa de Pós Graduação em Cirurgia - UFAM.

Carmen Lúcia de Paula, Instituto Nacional do Câncer

Enfermeira do Ambulatório de Sexualidade e Oncoginecologia do Instituto Nacional de Câncer  (INCA) / Hospital do Câncer II.

Coordenadora do módulo de Oncoginecologia do programa de residência multiprofissional do INCA.

Docente do programa de pós-graduação em enfermagem oncológica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Mestre em enfermagem pela UERJ.

 

Vandré Cabral Gomes Carneiro, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Médico cirurgião oncológico.

Coordenador do Serviço de Câncer Ginecológico do Hospital de Câncer de Pernambuco.

Coordenador do Serviço de Câncer Hereditário do Hospital de Câncer de Pernambuco, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira e Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.

Doutor em oncologia pelo A. C. Camargo Cancer Center.

Jurema Telles de Oliveira Lima, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Médica oncologista clínica.

Coordenadora do serviço de oncologia clínica do Instituto de Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).

Doutora em oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer/IMIP.

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Publicado

2019-06-30

Como Citar

Moreira ramalho, N., Cardoso Pinheiro, C. ., de Paula, C. L. ., Cabral Gomes Carneiro, V., & Telles de Oliveira Lima, J. (2019). QUALIDADE DE VIDA APÓS O CÂNCER GINECOLÓGICO: MENOPAUSA E FUNÇÃO SEXUAL. Revista Brasileira De Sexualidade Humana, 30(1). https://doi.org/10.35919/rbsh.v30i1.67

Edição

Seção

Opinativos e de Revisão