AUTOIMAGEM GENITAL NEGATIVA COMO PREDITORA DE DISTÚRBIOS SEXUAIS EM MULHERES
POSSIBILIDADES FISIOTERAPÊUTICAS
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v32i2.976Palavras-chave:
Autoimagem, Saúde sexual, Genitália femininaResumo
É cada vez mais comum que mulheres expressem insegurança e insatisfação com a aparência de seus genitais, fato que pode influenciar negativamente a saúde física e psicológica, muitas vezes desencadeando disfunções sexuais. O objetivo deste trabalho foi descrever como a Autoimagem Genital Negativa (AIGN) pode ocasionar alterações da função e satisfação sexual de mulheres e elencar os recursos fisioterapêuticos destinados à reparação das disfunções genitais e da estética íntima para a melhora da autoimagem, autoestima e saúde sexual. Trata-se de uma revisão integrativa, cujas buscas foram realizadas nas bases de dados Lilacs, PubMed, Scopus, PEDRo e Web of Science, somando 501 estudos. Após a leitura dos títulos e resumos, os artigos foram submetidos à análise qualitativa e metodológica. Ao final, compuseram a amostra da presente revisão 4 artigos com níveis de evidência variando entre 4A e 6B. Os estudos sugerem que a AIGN é preditora de disfunções sexuais, sendo as mulheres mais jovens, que referem insatisfação com o próprio corpo e com pouca ou nenhuma atividade sexual, as mais propensas a apresentar prejuízos à função e satisfação sexual. Dentre os recursos fisioterapêuticos, descritos como terapêuticas promissoras no tratamento das disfunções do assoalho pélvico estão os exercícios de contração dos músculos do assoalho pélvico, a eletroestimulação e o biofeedback, já para as AIGN, o microagulhamento e a radiofrequência. Recomenda-se que profissionais envolvidos na atenção à saúde da mulher, investiguem a presença de queixas em relação à função e satisfação sexual, como também sua associação com a autopercepção genital, a fim de identificar e intervir precocemente nessas situações, evitando maiores prejuízos à autoestima e à saúde mental.
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