CORRELATOS DA PSICOLOGIA HUMANISTA

O USO DE TRIBULLUS TERRESTRIS NA DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA

Autores

  • Enylda Motta Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.35919/rbsh.v34.1088

Palavras-chave:

Disfunção Sexual Feminina, Distúrbio do Desejo Sexual Hipoativo, Distúrbio da Excitação, Anorgasmia, Disfunção da Dor Sexual

Resumo

Objetivo: avaliar a saúde psicossexual pela perspectiva humanista da abordagem centrada na pessoa (ACP),   antes e após o uso de Tribulus Terrestris em mulheres com disfunção sexual feminina. Métodos: uma série consecutiva de 100 mulheres com disfunção sexual feminina foi recrutada para participar do estudo no serviço de Sexologia, do Ambulatório Jenny de Andrade Faria/Hospital das Clínicas – UFMGEBSERH. As pacientes foram submetidas à anamnese dirigida, ao rastreio do desejo sexual diminuído (DSDS) (Decreased Sexual Desire Screener) e à avaliação psicológica baseada na abordagem centrada na pessoa (ACP), antes e após 90 dias de uso do Tribulus Terrestris. Resultados: a idade média das pacientes na menacme era de 38 anos e as da pós-menopausa, de 55 anos. A idade média total das 100 pacientes era de 47 anos de idade. A interação medicamentosa foi benéfica às pacientes na menacme em relação aos domínios desejo espontâneo e responsivo, excitação subjetiva, excitação genital/lubrificação, orgasmo e satisfação sexual. Quanto aos outros domínios, os benefícios foram melhores para as pacientes na pós-menopausa, pois relataram melhora no desejo espontâneo, excitação subjetiva, excitação genital/lubrificação, orgasmo, dispareunia, satisfação sexual. Este estudo destaca a importância da avaliação psicológica humanística – abordagem centrada na pessoa (ACP) – em mulheres com a disfunção sexual feminina, antes e após tratamento com Tribulus Terrestris. A principal contribuição desta pesquisa é destacar os aspectos psicossexuais sob a perspectiva humanista da saúde sexual em pacientes com disfunção sexual, antes e após tratamento medicamentoso. Conclusão: utilizando a ACP como instrumento obteve-se êxito, nesta pesquisa, em colher os dados sensíveis das pacientes, necessários para a avaliação psicossexual. Concluiu-se que a interação medicamentosa foi preponderantemente benéfica às pacientes na menacme e pós-menopausa, com exceção dos domínios, respectivamente, dor e desejo responsivo.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Enylda Motta, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em promoção da saúde e prevenção da violência pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – Núcleo promoção da saúde e paz, Belo Horizonte, Minas Gerais. 

Referências

ABDO, C.H.N. Estudo da vida sexual do brasileiro. São Paulo: Prosex, 2004b.

ABDO, C. H. N.; FLEURY, H. J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Revista Psiquiatra Clínica, v. 33, n. 3, p. 162-167, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/s0101-60832006000300006

ABDO, C. H. N. Considerações a respeito do ciclo de resposta sexual da mulher: uma nova proposta de entendimento. Diagn Tratamento, v. 15, n. 2, 2010.

APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM- V). 5. ed., Porto Alegre: Artmed, 2014

BAUMEL, S. W. Investigando o papel da masturbação na sexualidade. Tese (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Espirito Santo, 2014.

BASSON, R.; BERMAN, J.; BURNETT, A. Report the international consensus development conference on female sexual dysfunction: definitions and classifications. The Journal of Urology, v. 163, n. 3, p. 888-93, 2000. DOI: https://doi.org/10.1016/s0022-5347(05)67828-7

BASSON, R. Using a different model for female sexual response to address women’s problematic low sexual desire. Journal Sexual Marithal, EUA, v. 27, p. 395-403, 2001.

BASSON, R. Summary of the recommendations on sexual dysfunctions in women. Journal Sexul Medical, v. 1, n. 1, p. 24-34, 2004.

BASSON, R. Women’s sexual dysfunction: revised and expanded definition’s. CMAJ, v. 172, n. 10, p. 1327-1333, 2005.

CAVALCANTI, I.F. et al. Função sexual e fatores associados à disfunção sexual em mulheres na pós-menopausa. Revista Brasileira de Ginecologia Obstetra, Rio de Janeiro, v. 36, n.11, p. 497-502, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/s0100-720320140004985

CLAYTON, A. H. et al. Validation of the decreased sexual desire screener (DSDS): a brief diagnostic instrument for generalized acquired female hypoactive sexual desire disorder (HSDD). PublMed, v. 6, n. 3, p. 730-738, 2009. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1743-6109.2008.01153.x

FLEURY, H. J.; ABDO, C. H. N. Tratamento psicoterápico para disfunção sexual feminina. Medicina Sexual, v. 17, n. 3, p. 133-137, 2012.

HOLANDA, A. F. A perspectiva de Carl Rogers acerca da resposta reflexa. Ver Nufen, v. 1, n. 1, São Paulo, 2009.

LUCENA, B. B.; ABDO, C. H. N. O papel da ansiedade na (dis)função sexual. Diagnóstico e Tratamento, v. 18, n. 2, p. 94-8, 2013.

MELO, E. M. et al. A violência rompendo interações: as interações superando a violência. Revista Brasileira de Saúde Materna e Infantil, v. 7, n. 1, p. 89-98, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/s1519-38292007000100011

McCABE, M.P. et al. Definitions of sexual dysfunctions in women and men: a consensus statement from the fourth international consultation on sexual medicine 2015. The Journal of Sexual Medicine, v. 13, n. 2, p. 135-143, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jsxm.2015.12.019

OMS. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10. rev., São Paulo: Universidade de São Paulo, 1997. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2358-792x.v13i1p13-16

PECHORRO, P.; DINIZ, A.; VIEIRA, R. Satisfação sexual feminina: relação com funcionamento sexual e comportamentos sexuais. Analic Psic, v. 27, n. 1, p. 99-108, 2009. DOI: https://doi.org/10.14417/ap.187

ROGERS, C. R.; KINGET, G.M. Psicoterapia e relações humanas. Belo Horizonte: Interlivros, 1975a.

ROGERS, C. R.; KINGET, G. M. Psicoterapia e relações humanas. Belo Horizonte: Interlivros, 1975b.

ROGERS, C. R. Novas formas do amor: o casamento e suas alternativas. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976.

ROGERS, C. R. Um jeito de ser. São Paulo: E.P.U., 1983.

SILVA, J. B. et al. Prevalência de disfunções sexuais femininas em universitárias. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA, 21., 2016, Anais [...], Pernambuco: Cobraf, 2016.

SOUZA, Z. D. et al. Efficacy of Tribulus terrestris for the treatment of hypoactive sexual desire disorder in postmenopausal women: a randomized, doubleblinded, placebo controlled trial. Menopause. The Journal of The North American Menopause Society, v. 23, n. 11, 2016. DOI: https://doi.org/10.1097/gme.0000000000000766

VALE, F. B. C. Avaliação dos efeitos do Tribulus Terrestris em mulheres na menacme com distúrbio do desejo sexual hipoativo. 2016. Tese (Doutorado em Medicina) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. DOI: https://doi.org/10.5752/3157

VIEIRA, K. F. L. et al. Representação social das relações sexuais: um estudo transgeracional entre mulheres. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 36, n. 2, p. 329-340, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/19823703001752013

Downloads

Publicado

2023-03-29

Como Citar

Antunes, E. M. G. (2023). CORRELATOS DA PSICOLOGIA HUMANISTA: O USO DE TRIBULLUS TERRESTRIS NA DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA. Revista Brasileira De Sexualidade Humana, 34, 1088. https://doi.org/10.35919/rbsh.v34.1088

Edição

Seção

Trabalhos de Pesquisa