SEXO KASHER

Autores

  • Lina Wainberg

DOI:

https://doi.org/10.35919/rbsh.v26i2.129

Palavras-chave:

religião, Judaísmo, sexualidade

Resumo

Conhecer a religião dos nossos pacientes faz com que escolhamos a melhor intervenção em terapia sexual. Por isso, nos cursos de especialização somos ensinados sobre as influências judaico-cristãs na sexualidade. O presente artigo busca compreender as particularidades da concepção judaica da sexualidade, que parece diferir em alguns pontos em relação à cristã. A postura judaica em relação à sexualidade é influenciada pela forma como o judaísmo incentiva o questionamento. As regras servem para guiar, podendo ser questionada e ajustada conforme cada situação. A sexualidade não é lidada com culpa ou vergonha. O sexo é visto como uma forma máxima de conhecimento do outro e é valorizado e incentivado. O grande propósito é justamente a intimidade do casal e procriação. Não o sexo em si, simplesmente, mas a intimidade conjugal resultante. Consequentemente, quase tudo que leve a uma maior intimidade do casal é permitido. Até mesmo o derramamento de esperma. No entanto o prazer sem intimidade não é incentivado. O artigo aborda como a masturbação, sexo oral e o uso de material erótico são abordados pelo judaísmo. Apesar de o sexo ser apenas valorizado nos casamentos heterossexuais, ainda assim, o prazer é estimado como parte do amor. É importante que tenhamos em mente a diferença da proposta judaica em relação à culpa, incentivo do prazer e o propósito principal na intimidade. Essa perspectiva não é um resultado dos tempos modernos. É a base de uma religião milenar que sempre evocou a importância do prazer para o bem-estar dos seus fiéis.

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Publicado

2015-12-01

Como Citar

Wainberg, L. . (2015). SEXO KASHER. Revista Brasileira De Sexualidade Humana, 26(2). https://doi.org/10.35919/rbsh.v26i2.129

Edição

Seção

Artigos