A MASCULINIDADE HEGEMÔNICA ADVINDA DOS ENREDOS MIDIÁTICOS
UM JEITO DE SER MASCULINO
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v28i2.17Palavras-chave:
Criança. Sexualidade. Masculinidade hegemônica. Filme Homem Aranha.Resumo
Este artigo discute as manifestações sobre papéis de gênero e de sexualidade de meninos/as de cinco/seis anos de uma escola de Educação Infantil a partir de análise e discussão de cenas do filme Homem Aranha. Embora tal artefato seja o preferido dos meninos da turma, tal texto cultural, aqui concebido enquanto pedagogia cultural, dita modelos de conduta para meninos e meninas. Na fala dos meninos, ficou evidente o quanto internalizaram do que se apregoa como comportamento socialmente colocado como adequado aos homens: a valentia, a imposição da vontade a qualquer custo, a condição da mulher enquanto necessitada da proteção masculina, entre outros que definem a masculinidade hegemônica. A professora da turma reconhece ser necessária formação para instrumentalizar o corpo docente a tratar da temática sexualidade e que, por não saber como lidar com algumas situações que ocorrem, acaba por agir por instinto. Constata-se que a escola, devido ao despreparo dos/as professores/as, muitas vezes, atua de modo a reforçar alguns estereótipos. Utilizou-se, neste trabalho, as contribuições dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais numa perspectiva pósestruturalista de análise.