PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÕES SEXUAIS ENTRE MULHERES ATENDIDAS EM UNIDADES DE SAÚDE DE CURITIBA
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v32i1.961Palavras-chave:
Sexualidade, Saúde da mulher, Saúde sexual, Disfunção sexual, Disfunção sexual femininaResumo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a disfunção sexual como um problema de saúde pública devido às significativas alterações e perdas que pode causar na qualidade de vida (WHO, 2002; WHOQOL GROUP, 1994). Esta pesquisa teve como objetivo verificar a prevalência de disfunções sexuais femininas em unidades de saúde de Curitiba. Como método foram utilizados uma anamnese clínica e sociodemográfica e o questionário Índice de Função Sexual Feminina (IFSF). Foram entrevistadas cem mulheres de quatro unidades de saúde. Para análise dos dados foi utilizado o programa Excel com análises estatísticas e de comparação. Como resultado encontrou-se prevalência de 36,8% de disfunções sexuais e de 49% de dificuldades sexuais, sendo que a média do score do IFSF foi de 26,56, valor próximo à nota de corte (26,55). Os dados mostram que a dificuldade sexual mais prevalente foi relacionada ao desejo sexual. Verificou-se que existe relação de disfunções sexuais com idade e menopausa. O presente estudo constatou, ainda, o desconhecimento acerca da sexualidade e sobre disfunções sexuais na amostra estudada, principalmente frente a questão de tabus que permeiam a sexualidade. A partir do estudo, conclui-se significativa prevalência de disfunções e dificuldades sexuais em mulheres atendidas em unidades básicas de saúde de Curitiba, demonstrando o quão importante é o trabalho de educação em sexualidade e intervenções clínicas para redução das queixas sexuais - especialmente na saúde pública.