DIFERENÇAS ENTRE O PERFIL DE MULHERES INTERESSADAS E NÃO INTERESSADAS EM PARTICIPAR DE GRUPO PSICOTERAPÊUTICO ON-LINE PARA QUEIXAS/DISFUNÇÕES SEXUAIS

Resumo

Disfunções sexuais são caracterizadas pela dificuldade em experimentar satisfação sexual por prejuízos na resposta sexual e na percepção de prazer, o que ocasiona sofrimento. Inúmeras queixas vivenciadas no âmbito da sexualidade não preenchem os critérios diagnosticados para caracterizar uma disfunção, ainda que desencadeiem repercussões negativas relevantes, sendo consideradas queixas sexuais. Pesquisas apontam a psicoterapia como uma intervenção eficaz no tratamento das disfunções sexuais femininas (DSF), realizada na modalidade individual e/ou em grupo. Dada a alta prevalência de DSF, a falta de literatura nacional e a baixa oferta de grupos psicoterapêuticos, este artigo analisou o perfil sociodemográfico, níveis de função sexual e satisfação sexual de mulheres brasileiras interessadas e não interessadas em participar de grupos psicoterapêuticos on-line (GPO) para tratar DSF. Os dados foram obtidos por um questionário sociodemográfico e dos instrumentos Female Sexual Function Index (FSFI) e Quociente Sexual Feminino (QSF). Resultados indicaram que mulheres pardas, com trabalho de meio período, renda abaixo de um salário mínimo, que sofreram violência sexual, insatisfação relacional e com escores baixos no FSFI e QSF têm maior interesse em GPO. Mulheres com renda acima de 11 salários mínimos, com mestrado ou doutorado e escores mais altos no FSFI e QSF mostram menor interesse no GPO.