MASTURBAÇÃO FEMININA
REPERCUSSÃO DE CURSO NA MÍDIA ELETRÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v26i2.132Palavras-chave:
masturbação, curso, mídia, discursos, FoucaultResumo
Este artigo analisa a repercussão na internet de um curso de masturbação para mulheres que pretende empoderá-las sobre seu corpo e sua sexualidade, promovido por uma empresa privada, em Salvador. A temática é justificada em decorrência do próprio processo histórico de como é tratada a questão do prazer feminino. A autora toma como base o site Ibahia, que publicou, em 24 de agosto de 2015, a primeira informação sobre o evento. A partir deste site outros 25 republicaram a mesma informação sobre o curso, incluindo um portal da Igreja Católica que trouxe como manchete da matéria: “O avanço da Sodoma moderna”. A análise foi feita através de um mapeamento na plataforma Google, bem como, de captura de tela dos sites. O objetivo principal é entender como os veículos de comunicação on-line formam seus discursos sobre a sexualidade para atrair os internautas e qual é a reação deles diante da notícia. A pesquisa verificou que foi a publicação mais lida da semana no site Bahia, com mais de 100 comentários na postagem, muitos preconceituosos e agressivos como: “Deve ser um curso preparatório para as meninas que querem seguir carreira de garota de programa”, “vou emprestar meu jumento para essa turma aí”. A pesquisa em um segundo momento toma como base a aplicação do questionário com as 100 participantes do curso e tem Foucault como referencial teórico, principalmente seus conceitos de poder e dispositivo de sexualidade, visto que a masturbação feminina é observada até os nossos dias como tabu.