QUALIDADE DE VIDA DE JOVENS HOMOSSEXUAIS E BISSEXUAIS RESIDENTES EM UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO

Autores

  • Nícholas Ponso Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública https://orcid.org/0000-0001-6489-6684
  • Rita de Cássia Carvalho Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.35919/rbsh.v32i2.980

Palavras-chave:

Qualidade de vida, Minorias sexuais e de gênero, Determinantes sociais em saúde

Resumo

A qualidade de vida abrange uma gama complexa de fatores individuais e únicos; considerando que vivemos em uma sociedade que marginaliza os indivíduos sexualmente diversos, precisamos entender o impacto da orientação sexual na qualidade de vida, permitindo a construção de políticas públicas para esse público. Objetivo: avaliar o índice de qualidade de vida de jovens homossexuais e bissexuais. Metodologia: estudo transversal, observacional, descritivo e analítico, com jovens de 20 a 24 anos, que se relacionam sexual e/ou afetivamente com indivíduos do mesmo gênero; a qualidade de vida foi aferida através da ferramenta WHOQOL-bref, além do questionário sociodemográfico. Resultados: foram analisados 225 questionários, onde 60,9% eram do gênero feminino e 54,7% eram bissexuais, idade média de 22 anos (±1,4), alta renda familiar (59,6%) e alta escolaridade (92,9%), com predominância de indivíduos brancos (56,9%). A média da qualidade de vida global foi 74,34 (±13,46), com prejuízo no domínio psicológico (67,14 ± 15,12). Ausência de significância estatística na comparação dos domínios com a orientação sexual, gênero e idade. Presença de índices superiores nas questões relacionadas à mobilidade, acesso à informação e moradia, enquanto pensamentos negativos, segurança e sono apresentaram menores valores. Conclusão: os participantes deste trabalho são do gênero feminino, bissexuais, alta escolaridade e alta renda familiar e idade média de 22 anos; apresentam os menores escores de qualidade de vida no domínio psicológico, com as variáveis pensamento negativo, segurança e sono como mais afetadas. Não há diferença estatisticamente significante dos domínios em relação à orientação sexual, gênero e idade.

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Biografia do Autor

Nícholas Ponso, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

Graduando em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Medicina, Salvador, Brasil.

Rita de Cássia Carvalho, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

Médica pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (1984).Especialista em Psicopedagogia: o lúdico na prática educativa pela Faculdade de Educação da Bahia (1996). Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (2008) Doutora em Medicina e Saúde Humana pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (2018). Atuou como tutora acadêmica no Programa Mais Médicos de fevereiro de 2014 a outubro de 2018; é aposentada como médica concursada na Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Tem formação em Biossíntese e atua com facilitação de grupos. É produtora teatral bissexta. Atualmente é professora assistente da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, onde atua como supervisora do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade. 

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Publicado

2021-12-16

Como Citar

Ponso, N., & Carvalho, R. de C. (2021). QUALIDADE DE VIDA DE JOVENS HOMOSSEXUAIS E BISSEXUAIS RESIDENTES EM UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO. Revista Brasileira De Sexualidade Humana, 32(2). https://doi.org/10.35919/rbsh.v32i2.980

Edição

Seção

Trabalhos de Pesquisa