A INFLUÊNCIA DO ABORTAMENTO NA QUALIDADE DE VIDA DA MULHER
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v27i2.110Palavras-chave:
abortamento, educação sexual, qualidade de vidaResumo
O abortamento espontâneo ou provocado apresenta repercussões emocionais e físicas ambivalentes para as mulheres, afetando a qualidade de vida. Esse contexto vivenciado pela mulher é permeado por sentimentos de dor, ansiedade, angústia, culpa, tristeza e baixa autoestima. Este artigo se trata de uma pesquisa qualitativa e quantitativa de levantamento de perfil de 359 mulheres usuárias de uma Clínica da Família (localizada no estado do Rio de Janeiro-RJ), moradoras dos bairros de Padre Miguel e Realengo, com idade média de 36 anos. Para a coleta de dados, foi utilizada entrevista semiestruturada com perguntas sobre situações socioeconômicas, saúde sexual, educação sexual, saúde coletiva, vida diária, relacionamento afetivo e a pergunta se já teve algum abortamento não era especificado se espontâneo ou provocado. A partir da análise dos questionários gerais, observou-se a necessidade de uma discussão mais ampla sobre os impactos do abortamento na qualidade de vida da mulher. Das entrevistadas, 29% relataram ter sofrido algum abortamento; dessas, foi descoberto que sofreram entre 1 a 7 episódios. Essas mulheres apresentaram pouca orientação para o uso dos métodos contraceptivos além de baixa
autoestima. Uma alternativa para minimizar essa situação é a melhor aplicabilidade das políticas existentes e da reformulação necessária, para que sirva de incentivo à população a fim de adquirir informação sobre saúde sexual e garantir acesso aos métodos contraceptivos e materiais educativos; além disso, promover a educação sexual aumenta o questionamento do adolescente acerca da iniciação sexual precoce e estimula a consciência dos adultos para uma tomada de decisão tendo conhecimento dos possíveis danos acarretados por uma prática sexual imprudente.