CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA EJACULAÇÃO PRECOCE
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v24i2.177Palabras clave:
ejaculação precoce, revisão sistemática, disfunção sexualResumen
As pesquisas sobre a ejaculação precoce (EP) são dificultadas pela falta de consenso sobre quais critérios a definem como uma disfunção. Observa-se que a mesma dificuldade é encontrada para sua nomenclatura e também que critérios comuns, mas com diferenças substanciais, são propostos pelos sistemas de classificação de doenças. Nesse sentido, este estudo identificou e comparou os critérios utilizados nas pesquisas publicadas em artigos, nas bases de dados Science Citation Index, MEDLINE, PsycInfo, LILACS, SciELO, CLASE. As buscas partiram de palavras-chaves e o período de revisão foi de 2000 a 2013. Os resultados apresentaram um número expressivo de artigos, mas foram considerados aqueles cuja investigação fosse primária utilizando metodologia científica. Observaram-se quatro critérios principais utilizados que apresentaram diferenças significativas nessa avaliação. O primeiro trata-se do tempo
ejaculatório, caracterizado como uma mensuração objetiva e útil para triagens, porém sem consenso sobre sua estimativa. O segundo, o senso de controle, apresentou resultados expressivos, todavia caracterizado como uma medida subjetiva. Pesquisas relacionadas a ele demonstraram que homens sem EP relataram um controle bastante elevado sobre a ejaculação em comparação a homens com tempos curtos de latência ejaculatória. Os dois últimos critérios foram a satisfação sexual e o sofrimento, não sendo específico da EP e presentes em todas as disfunções sexuais. Para ambos, a insatisfação foi relatada na existência de uma EP, geralmente, acompanhada de incômodo e dificuldades interpessoais. Os dados apresentados organizaram de maneira sistemática os critérios utilizados na avaliação da EP, uma compilação útil para diferentes frentes de pesquisa.