OLHARES SOBRE O DESEJO SEXUAL
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v18i1.414Palabras clave:
Desejo Sexual, interferências biopsicosociaisResumen
A comunicação e o simbolismo transformaram o significado do impulso sexual nos humanos. A comunicação emocional e a linguagem simbólica, associadas às capacidades intelectuais e sociais, produzem uma alteração qualitativa, transformando o coito em relação. A sexualidade passa a poder ser ensinada, regulamentada, reprimida ou supervalorizada, possuindo fortes condicionantes sociais e encontrando-se inter relacionada, às diversas experiências emocionais do desenvolvimento de cada um. O desejo sofre interferências múltiplas, advindas desde o período fetal, equilíbrio neuro- endócrino, interações familiares, vínculos afetivo-sexuais, normas morais e religiosas, os interditos sociais, as interações pessoais, a atração, o apaixona- mento, o equilíbrio hormonal, o "outro", enfim, à saúde física, psíquica e social. Fatores que caracterizam e diferenciam o comportamento e o desejo sexual de cada um. Segundo Masters e Johnson (1997), não importa o quanto seja interessante tentar descrever um modelo prático dos vários componentes do desejo sexual, o que falta sempre é a sutileza que distingue a luxúria ou a paixão, das outras variedades de desejo sexual. O erotismo é um processo multifacetado, através do qual, nossa capacidade inata para a "tesão" foi moldada, suprimida ou supervalorizada. A moldagem erótica, ou a forma como se constituirão os conteúdos desejados, se fará através de mensagens claras ou sutis, conscientes ou inconscientes, conectadas às vivências afetivo- sexuais de cada um. O resultado de tudo isso irá esculpir a forma, a intensidade, os objetos e as possibilidades de manifestação do desejo (latente, fantasiado, expresso ou executado).