SEXO ANAL NAS RELAÇÕES HETEROSSEXUAIS
DOI:
https://doi.org/10.35919/rbsh.v15i2.497Palabras clave:
Heterossexualidade, Coito anal, DSTsResumen
O objetivo do presente trabalho consistiu em estudar o sexo anal heterossexual, presente desde o inicio dos relatos sobre a sexualidade humana, sendo uma das práticas sexuais não-convencionais, cada vez mais utilizada por casais heterossexuais, apesar de sua ligação com o maior risco para DSTs e a transmissão do vírus HIV. A pesquisa de campo foi realizada com 70 mulheres, entre 14 e 59 anos, clientes de ambulatório de ginecologia, submetidas a entrevistas semi-estruturadas, com o objetivo de avaliar a freqüência das práticas sexuais (vaginal, oral e anal); os motivos da aceitação ou rejeição do coito anal; de quem partiu a sugestão; o uso de preservativo e o prazer obtido com esta prática.Os resultados evidenciaram que 61,4% das mulheres que constituíram a amostra já praticaram o sexo anal, o que ocorreu em todas as faixas etárias. Em geral, foi sugerido pelo parceiro (78%), mas 10% das mulheres também tiveram essa iniciativa. O motivo para a primeira relação anal foi, majoritaria- mente, para agradar ao parceiro (81,4%), embora a curiosidade também tinha sido relatada por uma em cada quatro dessas mulheres (25,6%). A prática foi mantida por 48% das mulheres, igualmente para agradar ao parceiro (82,3%), ou em busca de prazer, por 44,1% destas mulheres, ou 21,4% do total. O uso de preservativo, entre as que praticam o sexo anal, aparece no relato apenas de 18,6% destas. Conclui-se que o método utilizado favoreceu a espontaneidade e veracidade das respostas, assim como evidenciou a não justificativa de certos estereótipos sexuais femininos, ao mesmo tempo em que mostra que as mulheres estão mais curiosas e tentando obter prazer de outra forma, que não as convencionais.